▪ Nas próximas décadas, o mundo vai passar por uma transformação de sua matriz energética, tão revolucionária como a que ocorreu durante a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX.
▪ A primeira “superpotência” econômica da Revolução Industrial foi a Inglaterra. Acreditamos que, por uma variedade de razões, a China deve despontar como a superpotência econômica da atual transição energética.
▪ Hoje a China é responsável por mais de um quarto das emissões globais de carbono. Devido ao forte crescimento de sua economia, desde 2000, a demanda per capita por energia subiu 170% e as emissões de carbono aumentaram 280%.
▪ O governo chinês pretende atingir como meta o pico de emissões em 2030 e de neutralidade em 2060. Um mix de medidas deve, ao longo dos anos, diminuir a intensidade energética da produção econômica e, ao mesmo tempo, aumentar o uso de fontes renováveis.
▪ A China, hoje, lidera mundialmente a produção e o uso de novas tecnologias ligadas à transição energética, como baterias elétricas. Esses setores beneficiam-se da forte demanda interna, de incentivos governamentais e da vantagem de custo da produção doméstica.
▪ Há grande ceticismo com relação a se a China vai entregar essas metas. Acreditamos que fatores domésticos — a demanda por um ambiente menos poluído — e a percepção deste desafio como grande oportunidade de desenvolvimento econômico devem garantir progresso desta agenda.